@article{Bertotti_Caldas Brognoli_2021, place={SANTANO, A.C.; DOTTA, A.G.; OLIVEIRA, V. Q. (Orgs.). Curitiba: Transparência Eleitoral Brasil / Editora GRD, ISBN: 978-65-995278-0-7,}, title={Governos liderados por mulheres e gestão da crise no pós-pandemia: Women-led governments and post-pandemic crisis management}, url={https://journal.nuped.com.br/index.php/teleitoral/article/view/226}, abstractNote={<p>Segundo o secretário geral da ONU António Guterres, “<em>COVID-19 is a crisis with a woman’s face</em>”. A pandemia desvelou desigualdades, aumentou a violência contra as mulheres e acelerou práticas como o casamento infantil por exemplo. Enquanto na área da saúde as mulheres representam 70% dos profissionais em todo o mundo, no campo político, de acordo com a União Interparlamentar, até maio de 2021 dos 152 chefes de Estado eleitos, apenas 9 eram mulheres (o equivalente a 5,9%). Do total de 193 chefes de governo, apenas 13 eram mulheres (o equivalente a 6,7%). Notícias veiculadas na mídia nacional e estrangeira mostraram a boa gestão da crise nos países liderados por mulheres. Amaral et al (2021) presumem que as mulheres líderes mundiais parecem ter feito um trabalho melhor no confronto com a Covid-19. Estudo da Universidade de Michigan (2020) identificou um desempenho superior das mulheres no enfrentamento da pandemia logo nos primeiros meses da crise sanitária. Em média houve menor número efetivo de pessoas infectadas em países governados por mulheres do que naqueles liderados por homens. Pesquisa da Universidade de Cambridge (2021) concluiu que países liderados por homens registraram em média 20 mil casos a mais de Covid-19 e 1.900 mortes a mais pela doença, em comparação com nações semelhantes governadas por mulheres. Quase dois anos depois do início da pandemia e em um momento onde os melhores e os piores países são definidos pelo critério “normalização” das atividades, a liderança feminina continua a se destacar. A partir disso, o objetivo da presente pesquisa é identificar em que medida a questão de gênero interfere nos resultados obtidos com os esforços despendidos e estratégias de retorno à normalidade. A conclusão se dá no sentido de que os países anunciados na mídia como os que obtiveram sucesso na gestão da pandemia (Islândia, Nova Zelândia, Taiwan, Finlândia, Noruega e Alemanha) já possuíam características e condições pré-existentes que permitiram que a crise sanitária fosse melhor gerida e administrada. Isso inclui uma sociedade mais inclusiva e diversificada que apoia seus governantes. No geral são mais transparentes, mais plurais. Possuem economias desenvolvidas, com um sistema de assistência social estabelecido e alta pontuação na maioria dos indicadores de desenvolvimento humano. Além disso, quatro desses países possuem partidos de esquerda e/ou progressistas no poder conduzindo os trabalhos. Além dessas questões gerais, outras questões específicas de cada um desses países contribuíram para seu relativo sucesso no combate à pandemia. Embora diversas, em razão da realidade socioeconômica de cada país e à disponibilidade de recursos, as medidas adotadas parecem não ter influência do aspecto “gênero”. A metodologia utilizada é a lógico-dedutiva, a partir de pesquisa bibliográfica e documental.</p>}, journal={Democracia na Pós-Pandemia}, author={Bertotti, Bárbara Mendonça and Caldas Brognoli, Paula}, year={2021}, month={ago.}, pages={109–112} }